Pastor bolsonarista alvo de mandado de prisão de Moraes segue solto em frente a quartel do ES neste domingo

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Pastor bolsonarista alvo de mandado de prisão de Moraes segue solto em frente a quartel do ES neste domingo

Superintendente da PF no estado diz que corporação aguarda o momento mais adequado para deter o pastor Fabiano Oliveira.
Justiça - Espíríto Santo

O superintendente da Polícia Federal (PF) no Espírito Santo, Eugênio Ricas, confirmou, em entrevista ao, que o pastor Fabiano Oliveira, alvo de mandado de prisão na operação da Polícia Federal contra atos antidemocráticos, não teve o mandado de prisão cumprido e que ele seguia em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército em Vila Velha, na Grande Vitória, até a manhã deste domingo (18/12/2022).

Pouco depois da confirmação, o pastor participou de uma live com blogueiros bolsonaristas em que aparecia em frente ao 38º Batalhão de Infantaria. Na decisão de Moraes, Fabiano Oliveira foi proibido de usar as redes sociais.

Ricas disse que Fabiano Oliveira está sendo monitorado e que a PF só não cumpriu ainda o mandado de prisão contra o pastor porque um grupo de pessoas se aglomerou em frente ao batalhão, e que uma ação da PF neste momento poderia ser revidada, colocando em risco a integridade de terceiros.

"O pastor está em frente ao 38º Batalhão de Infantaria e existe um grupo de pessoas lá, inclusive com crianças e idosos, e uma ação da PF lá gera risco para essas pessoas, e esse grupo aumenta aos finais de semana porque as pessoas não estão trabalhando", disse.

Segundo o superintendente, a PF precisa contar com a possibilidade de que essas pessoas interfiram na prisão, jogando pedras e paus, por exemplo, o que poderia provocar uma reação desproporcional da PF.

De acordo com Ricas, por se tratar de uma polícia judiciária, a PF não dispõe de recursos menos letais para agir em situações de confronto, como bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.

O superintendente da PF também reiterou que o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) tem conhecimento da situação e que, nesses casos, o MPES pode acionar a Polícia Militar, que tem o aparato mais adequado para agir nesse cenário, para garantir o cumprimento da determinação.

Ainda assim, Ricas informou que, caso seja necessário, a PF pode solicitar apoio de equipes de outros estados para cumprir o mandado de prisão.

Eugênio Ricas também descartou a versão que circula nas redes sociais de que o Exército teria aumentado a área sob sua responsabilidade em frente ao 38º Batalhão de Infantaria, o que impossibilitaria a ação da PF.

De acordo com o superintendente, o pastor Fabiano Oliveira e os demais manifestantes não estão dentro do quartel, o que não restringe o acesso da PF.

Ricas garantiu que o pastor está sendo monitorado e que o mandado de prisão contra ele será cumprido pela PF, e que a corporação aguarda o momento mais adequado para efetuar a prisão.

"Estamos nos planejando e vamos organizar isso, a quantidade de pessoas e os equipamentos adequados, para efetuar a prisão. Vamos cumprir, custe o que custar", falou.

Ricas também confirmou que outro bolsonarista com mandado de prisão em aberto, o radialista Max Pitangui, segue foragido.

O superintendente declarou que a PF ainda não sabe onde ele está, mas que segue procurando Pitangui para que ele seja preso.

Neste sábado (17/12), dois dias depois da deflagração da operação para o cumprimento do mandado de prisão de Fabiano Oliveira e outros três no Espírito Santo, o pastor permanecia em frente ao batalhão do Exército em Vila Velha.

Além do pastor, Moraes determinou a prisão de mais três pessoas no Espírito Santo. Duas delas – o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos) e o jornalista Jackson Rangel, dono do site Folha do ES – foram presas na quinta-feira (15/12).

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o pastor Fabiano Oliveira em frente ao 38º Batalhão de Infantaria de Vila Velha.

Na gravação ele diz que na noite anterior, sexta-feira (16), a PF tentou cumprir o mandado de prisão contra ele, mas que os manifestantes que estavam na frente do batalhão impediram o cumprimento da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

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