Um homem de 46 anos foi preso em flagrante por estupro de uma adolescente de 15 anos, na noite desta quarta-feira (2), em São Roque do Canaã, na Região Serrana do Espírito Santo. O suspeito é motorista de ônibus da Pestalozzi e transportava a jovem duas vezes por semana para atendimento na unidade que fica em Santa Teresa.

A prisão aconteceu depois que a vítima revelou para a mãe que estava sofrendo abusos há cerca de um ano. Os pais, então, foram até o local apontado como ponto de parada para que o crime acontecesse e fizeram o flagrante.
 
No ônibus, foi encontrado um vidro de lubrificante íntimo, um facão e dois celulares. O motorista também estava com um preservativo.

O nome do condutor e a cidade da jovem não serão divulgados para preservar a identidade da vítima, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).

De acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, os pais relataram que a filha contou que o motorista da associação estacionava o veículo em determinado ponto do percurso, sem movimentação, e mantinha relações sexuais sem o seu consentimento.

Após o relato da filha, o casal com outros conhecidos, foi para o local apontado pela jovem. O motorista estacionou no exato local e horário, e eles observaram que o homem mandou a vítima sair do banco da frente e entrar na parte de trás do veículo.

No momento em que o motorista tentou fechar a porta traseira, ele foi surpreendido pelas testemunhas, jogado no chão, agredido e amarrado. Os pais da adolescente ficaram no local até a chegada da viatura.

Quando a polícia chegou ao local, o suspeito já estava contido, com machucados no rosto e lesões pelo corpo. Ele recusou atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foi encaminhado para a delegacia e depois preso pelo crime de estupro.

Em seu bolso, os agentes encontraram um preservativo e um canivete. No ônibus, foi encontrado um vidro de lubrificante íntimo, um facão e dois celulares.

Abusos aconteciam há mais de um ano
 
Ainda de acordo com o BO, a mãe contou aos policiais que a adolescente relatou que era abusada há mais de um ano, "que toda segunda e quarta o motorista parava no local, tocava as partes íntimas dela, usava de força para tirar sua roupa, e a ameaçava dizendo que se ela contasse para alguém, ia prejudicar a ela e aos seus pais".

A mãe teria dito ainda que, há cerca de seis meses, notou o desconforto da filha sempre que ela chegava da associação. Na época, a menina não relatou o estupro, mas, chorava e dizia não querer ir mais para o atendimento.
A mulher contou aos policiais que chegou a ir até a associação procurar saber se algo de errado estava acontecendo com a filha, mas que nada foi apontado.
 

Apoio à vítima e à família
 
A Associação Pestalozzi divulgou uma nota em que reforçou “o seu mais profundo repúdio à suposta conduta recentemente adotada por um de seus empregados. Tal ação fere gravemente os princípios éticos que sempre guiaram a atuação desta conceituada instituição ao longo dos 33 anos que presta serviços à sociedade”.

A associação disse que não tolera nenhum comportamento que contrarie seus valores fundamentais, e que atitudes que violam esses ideais devem ser veementemente reprimidas, recebendo das autoridades competentes a punição legal devida.

Por fim, a Pestalozzi informou que está comprometida em prestar todo o apoio necessário à vítima e sua família.

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