Mitos e verdades sobre o câncer de próstata

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Mitos e verdades sobre o câncer de próstata

Saúde - Câncer De Próstata

O Dr. Rodrigo Wilson Andrade, coordenador da urologia da HAS Clínica, esclarece dúvidas sobre essa temida doença

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino responsável  pela produção de parte do fluido seminal, que nutre e transporta os  espermatozoides. O câncer de próstata é uma neoplasia maligna que se  desenvolve na próstata, sendo uma das formas mais comuns de câncer em  homens, perdendo apenas para o câncer de pele. 

“Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, obesidade e  dieta ocidental. O impacto na vida do paciente pode ser significativo,  afetando a qualidade de vida devido a sintomas urinários e sexuais, além do  impacto psicológico do diagnóstico”, explica o Dr. Rodrigo Wilson Andrade,  coordenador da urologia da HAS Clínica. 

Por se tratar de uma doença muito recorrente, existem muitos mitos que a  cercam e, portanto, o urologista do HAS Clínica listou as dúvidas mais  comuns de seus pacientes quando confrontados com a doença: 

O uso de esteroides anabolizantes, tipo de roupa íntima, atividade  sexual, masturbação e vasectomia NÃO estão associados ao câncer  de próstata; 

Homens negros TÊM maior risco de desenvolver câncer de próstata; 

A idade é um fator de risco, contudo, a doença NÃO é exclusiva de  idosos;

O histórico familiar aumenta SIM o risco de desenvolvimento de  câncer de próstata; 

O estilo de vida sedentário e a obesidade PODEM ser fatores de risco;

A terapia de reposição de testosterona PODE aumentar o risco em  alguns casos; 

O câncer de próstata PODE causar impotência sexual, porém, nem  todos os casos requerem tratamento imediato; 

O câncer de próstata NÃO é contagioso;

Mulheres trans podem ter risco reduzido, mas NÃO eliminado. 

“Outras dúvidas recorrentes são sobre a taxa de sobrevivência, que varia  muito e, sobretudo, se exame de PSA substitui o de toque. A resposta é não,  pois, níveis altos de PSA não são exclusivamente indicativos de câncer”, diz  o Dr. Andrade.

Quanto aos sintomas da doença, os mais comuns incluem anormalidades do trato urinário inferior, como polaciúria, noctúria, fluxo urinário fraco e  hematúria. No entanto, o câncer de próstata pode ser assintomático,  especialmente em estágios iniciais. 

Os testes diagnósticos incluem o exame de PSA, toque retal, RNM e biópsia  prostática. O PSA, como já citado, é um marcador sérico que pode indicar a  presença de câncer, mas tem limitações de sensibilidade e especificidade. A  ressonância magnética também tem um papel importante na seleção dos  pacientes que, realmente, precisam realizar a biópsia que, inclusive, é o  padrão-ouro para o correto reconhecimento da doença. 

O diagnóstico precoce pode permitir tratamentos menos invasivos e  melhorar o prognóstico. As opções de tratamento incluem vigilância ativa,  prostatectomia radical, radioterapia, terapia de privação androgênica e  quimioterapia. Cada tratamento tem efeitos colaterais potenciais, como  disfunção erétil e incontinência urinária. 

“A alta taxa de mortalidade por câncer de próstata pode estar associada ao  diagnóstico tardio e, em alguns casos, à agressividade do câncer. Portanto,  a prevenção deve incluir a modificação de fatores de risco, como dieta e  atividade física. Vale lembrar que consultas regulares com urologistas são  essenciais para o monitoramento, mesmo na ausência de sintomas”, finaliza  o Dr. Rodrigo.

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