Cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram uma área de plantação de eucalipto para produção de celulose da Suzano, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, na madrugada de segunda-feira (17/4). Na mesma noite, a Justiça do Espírito Santo atendeu ao pedido da Suzano de reintegração de posse da terra ocupada pelo MST.

A decisão sustenta que a empresa é proprietária legítima e dona do imóvel.

O MST alegou que a fazenda faz parte do patrimônio do Governo do Estado, e que teria sido grilada pela Aracruz Celulose, empresa adquirida pela Suzano Papel e Celulose há cinco anos.

A Suzano informou que foi surpreendida com a invasão por parte do MST, mesmo em um contexto de diálogo e construção de convergência entre as partes.

A empresa garantiu ainda que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas, e reafirmam a importância da constituição, do direito à propriedade privada e da manutenção do estado de direito.

Esta é a quarta fazenda da Suzano invadida pelo MST em menos de dois meses. De acordo com a Justiça, a área deve ser reintegrada à Suzano.

A Justiça autorizou a polícia a usar a força para retirar manifestantes e estabeleceu multa de R$ 5 mil por hora para cada manifestante que descumprir o pedido.

A Polícia Militar disse que vai planejar como executar a ordem. A Secretaria de Estado de Direitos Humanos informou que nenhum representante do movimento fez contato com o governo e que está disposta a ajudar na solução de conflitos fundiários.

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