A primeira edição da Feira Internacional do Café Conilon movimentou Jaguaré entre os dias 27 e 29 de novembro e encerrou os trabalhos com a confirmação de um anúncio que deve alterar a rotina produtiva do campo: a confirmação de que o gás natural chegará às propriedades rurais. A proposta, apresentada pela ES Gás, concessionária responsável pela distribuição no Espírito Santo, integra um plano que prevê R$ 300 milhões em expansão da rede nos próximos anos. A alternativa foi destacada como caminho para modernizar a secagem do grão, reduzir custos operacionais e ampliar práticas sustentáveis na cafeicultura capixaba.

O debate ganhou força após mesas técnicas que discutiram qualidade, logística e novas tecnologias para o conilon. A Câmara Municipal reforçou o apoio ao evento e classificou a feira como um ponto de virada para os produtores. O presidente João Vanes dos Santos destacou que parcerias entre município, Estado e setor privado ampliam o acesso a conhecimento, modernização e novos métodos de secagem. Em suas palavras, a mudança para o gás abre caminho para que o café alcance “padrões mais altos de qualidade”, além de reduzir dependências de lenha ou palha.

  O prefeito Marcos Guerra avaliou a feira como um marco para Jaguaré. Em meio ao encerramento, ele lembrou que o encontro reuniu as principais referências da cafeicultura brasileira, além de instituições como a Associação Brasileira da Indústria de Café e o Centro de Comércio de Café de Vitória. Ao comentar a assinatura de intenção para levar gás canalizado ao campo, descreveu o resultado como “um divisor de águas”, ressaltando que a iniciativa tende a baratear a produção e fortalecer a cafeicultura local.

   A programação também incluiu debates sobre sustentabilidade, certificação e o impacto das novas exigências de mercado. Marcos Guerra afirmou que práticas como confiança, melhoria contínua, rastreabilidade e excelência precisam estar “no cotidiano do produtor e também na vida profissional de cada um”. Ele ainda citou o apoio do governo estadual, destacando que a presença de instituições como a Companhia de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e o Banco do Estado do Espírito Santo foi decisiva para o evento.

 Outra questão debatida especialmente no encerramento foi turismo rural, que ganhou espaço especialmente com o lançamento das novas rotas ligadas ao agroturismo. Segundo a secretária de turismo do município, Vera Backer o objetivo é estruturar experiências que unam degustação, visitação e conhecimento do processo produtivo. A secretária municipal de Turismo, Vera Bach, foi lembrada pelo presidente da Câmara, João Vannes, que avaliou que o trabalho dela colocou o setor “em outro patamar” ao fortalecer a Rota do Café Conilon e ampliar o alcance das iniciativas locais.

 A FIC encerrou as atividades com expectativa positiva para os próximos anos. O balanço comercial deve ser divulgado após a compilação das vendas e negociações firmadas durante a programação, que reuniu público técnico e produtores de diferentes regiões.

Galeria de imagens - FICC JAGUARÉ -ENCERRAMENTO

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