‘Eu não sei por onde recomeçar’, diz viúva de dono de bar

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

‘Eu não sei por onde recomeçar’, diz viúva de dono de bar

‘Eu não sei por onde recomeçar’, diz viúva de dono de bar
Polícia - Tragédia

Kelma Silva Santos Andrade, esposa de Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, que está entre as sete vítimas da chacina dentro do próprio bar que administrava em Sinop, ao norte do estado, contou à TV Centro América que não sabe por onde recomeçar após perder o marido. Ela também disse que o clima no estabelecimento sempre foi tranquilo e alegre, e que nunca esperava que algo assim pudesse acontecer.

“Tudo era ele, desde comer até a conta de água e luz era ele. Ele é o alicerce da casa. Quanto para a mãe dele, quanto para mim, estamos sem chão. Eu não sei por onde vou recomeçar. Eu trabalho, mas é difícil. Tudo era ele. Minha sorte é que minha família está do meu lado”, contou.

Na terça-feira (21/2), no dia em que aconteceu a chacina, ela disse que foi trabalhar no mercado e deixou os dois filhos em casa, porque estavam sem aula. Ao ver a irmã entrando no comércio, às lágrimas, ela pensou que algo tivesse acontecido com os filhos.

“Quando ela [irmã] disse que era com Bruno, aí eu desabei. Eu saí correndo daquele mercado, gritando, parecendo uma louca. Todo mundo correndo atrás de mim porque ninguém estava entendendo nada. Ela me disse que era verdade, que tinha acabado de assassinar o Bruno, e eu falei que era mentira, que ele conhece todo mundo e seria impossível alguém matar ele”, lembrou.

Na frente dos filhos, Kelma disse que se mostra forte diante da situação. “Eu não posso desanimar. Uma coisa que ele me falava todo dia era de que me admirava, dizia que eu era guerreira, que sou forte. Ele me admirava muito como mãe e que se ele tivesse que escolher mil vezes, seria eu para ser a mãe dos filhos dele. Então, perto deles eu estou forte”, afirmou.

Os jogos de sinuca no bar, segundo ela, aconteciam a cada cinco meses. O clima no estabelecimento era tranquilo e nunca teve qualquer discussão, inclusive no dia da chacina não houve qualquer discussão, de acordo com ela.

Últimas da Bahia

Veja Mais +