No Dia Internacional da Mulher, deputadas estaduais do Espírito Santo destacam avanços e desafios na luta por igualdade e combate à violência de gênero. Apesar de representarem menos de 14% da Assembleia Legislativa, Camila Valadão (PSOL), Iriny Lopes (PT), Janete de Sá (PSB) e Raquel Lessa (PP) lideram iniciativas fundamentais para a proteção e autonomia das mulheres.

Entre os projetos em destaque está a Lei 12.085/2024, de Camila Valadão, que cria um banco de dados sobre violência contra a mulher para embasar políticas públicas. A deputada também propôs o Aluguel Maria da Penha, auxílio para vítimas sob medida protetiva, e projetos para combate à violência obstétrica e incentivo à doação de leite materno.

Iriny Lopes, ex-ministra das Mulheres no governo Dilma, tem forte atuação na defesa feminina. Relatora da Lei Maria da Penha, na Câmara dos Deputados, também criou a Lei Jaciara da Silva, que protege órfãos do feminicídio. Seu mandato na Ales inclui leis para combater a violência e ampliar o acesso à saúde e ao mercado de trabalho para mulheres.

Janete de Sá se destaca no combate à violência e apoio ao empreendedorismo feminino. Criou a Patrulha Maria da Penha, que protege mulheres ameaçadas, e a Sala Lilás, espaço para exames de vítimas de violência sexual. Também propôs a inclusão do Agosto Lilás no calendário oficial, campanha de prevenção à violência contra a mulher.

Raquel Lessa atua em defesa da saúde feminina e segurança. É autora da lei que exige medidas de proteção para mulheres em bares e casas noturnas e de propostas para garantir acompanhamento adequado na gestação e apoio a mulheres no climatério e na menopausa.

Dos 30 deputados estaduais da atual legislatura, apenas quatro são mulheres, o que representa menos de 14% da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Embora o número ainda seja pequeno, já houve avanço em relação à legislatura passada, quando eram apenas três parlamentares.

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