O Profissão Repórter acompanhou uma cirurgia feita em um bebê ainda na barriga da mãe. O filho da jovem, de 25 anos, Danielle Ramos, foi diagnosticado com Mielomeningocele, que é quando a coluna vertebral não se desenvolve completamente.

Ela está grávida de seis meses e essa má formação pode deixar parte da coluna espinhal de Guilherme - seu filho - exposta, podendo provocar hidrocefalia e perda da função motora.

Danielle então passou por uma cirurgia no Instituo Estadual do Cérebro, localizado no Rio de Janeiro. O programa de terça-feira (6/8) acompanhou o cotidiano de alguns hospitais que realizam cirurgias complexas gratuitamente por conta do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante o procedimento cirúrgico, o feto foi monitorado pelo ultrassom. O início da cirurgia é parecido com uma cesariana - abriram o abdômen dela e colocaram o útero para fora. Em seguida, identificaram a localização exata da coluna de Guilherme e usaram linhas de fixação para impedir o descolamento dele. Tanto a mãe quanto o filho estavam sedados.

A neurocirurgia acontece via microscópio. Os especialistas não veem o bebê completamente, focam somente na lesão.

Ao final, o útero é recolocado no ventre da mãe e a gestação segue normalmente. No máximo, a criança nasce com uma cicatriz nas costas.

'Tudo pelo SUS [...] Esse tipo de patologia pode acontecer em qualquer classe social, mas as classes sociais mais desfavorecidas têm maior chance porque está ligado com a alteração do ácido fólico, que é uma parte nutricional. Então, as mães com carência alimentar têm maior chance de desenvolver essas más formações [nos filhos]", afirmou Maria Anna Brandão, neurocirurgiã pediátrica.

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