Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semana

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Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semana

Cultura - Espírito Santo

Com dramaturgia contemporânea, artes visuais e videoarte, “Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol” será apresentado nos dias 6 e 7 de novembro, na Casa da Música Sônia Cabral, com ingressos a preços populares

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semanaEncenado pela primeira vez em 2022, o espetáculo teatral “Trilhas, Noite Cheia de Lua de Sol” desembarca em Vitória por meio do projeto “Resistência nos Trilhos – Remontagem & Circulação”, contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (FAC-DF). As apresentações serão nos dias 6 e 7 de novembro, às 20h, na Casa da Música Sônia Cabral, com ingressos a preços populares de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), à venda pela plataforma digital Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/trilhas-noite-cheia-de-lua-de-sol-circulacao-nacional/3162529

Com texto, direção e atuação de Cláudia Andrade, o espetáculo cênico imagético é atravessado por elementos como a videoarte, música, dramaturgia contemporânea e as artes visuais. Na construção desse universo, cruzam-se os dilemas do feminino, a maturidade, os jogos de poder, a finitude e os contrastes sociais que moldam e desafiam a existência humana.
O espetáculo reafirma seu compromisso com a diversidade de olhares, vozes e linguagens ao alcançar novos públicos em sua circulação por diferentes regiões do país. A turnê, com 12 apresentações, vai passar por Ceilândia (DF), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Brasília (DF), no período de 24 de outubro de 2025 a 01 de março de 2026.

Conexão

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semanaNo tablado desta remontagem, Cláudia Andrade segue com as companheiras de cena Eloisa Cunha e Genice Barego, atrizes com vasta trajetória teatral. Essa continuidade cria um entrosamento raro, fruto de uma evolução conjunta, em que cada atriz foi aprofundando sua personagem e sua relação com as demais. O resultado é um espetáculo mais maduro, com camadas de interpretação que se refinaram ao longo do tempo e que prometem se refletir em ainda mais qualidade artística nas apresentações. 

A trama discorre a partir do encontro entre duas mulheres com mais de 50 anos: Silvia (Eloisa Cunha) e Gimena (Cláudia Andrade). De origens e vivências distintas, elas se cruzam ao acaso numa parada de ônibus, em alguma estrada erma do interior do Brasil. Iniciam, então, uma jornada marcada por embates, estranhamentos, memórias, afetos, contrastes sociais, revelações e mitos. As personagens são acompanhadas por Gaivota (Genice Barego), figura diáfana, agênera, atemporal e mística que transita pela cena como símbolo de conexão, intuição e mistério.

Referências

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semanaGuiada por sua vivência multifacetada, Cláudia reúne referências que vão da sabedoria ancestral às linguagens contemporâneas. Um exemplo disso é a fala inicial projetada no início do espetáculo. Originária da língua Hopi, do povo indígena norte-americano, essa mensagem, que primeiro tocou a diretora ao ser revelada nas telas do filme “Koyaanisqatsi”, de Godfrey Reggio, agora é reinventada no palco. “Vida maluca, vida em turbilhão, vida fora de equilíbrio, vida que pede uma outra maneira de se viver” norteia o espírito da peça em sua proposta de refletir sobre os caminhos que cada um escolhe percorrer.

O texto nasceu em 2017, durante a oficina “Caminhos”, ministrada pelo dramaturgo Maurício Arruda. Após uma avaliação entusiasmada, Arruda incentivou Cláudia a levar a ideia aos palcos. Unindo suas habilidades no audiovisual e nas artes cênicas, ela concebeu uma montagem híbrida e a submeteu à consultoria do professor, diretor e dramaturgo Fernando Villar. “Cláudia Andrade é uma guerreira das artes há décadas, em diferentes continentes e linguagens artísticas. Muita experiência como dançarina, atriz e produtora ímpar de teatro, dança, audiovisual e eventos. Agora, em ‘Trilhas’, ela alcança voo maior como artist a da cena, escrevendo, coprotagonizando, dirigindo e produzindo uma intermídia cênica que, de forma singular e singela, provoca outras reflexões e percepções sobre ‘mulheridades’ em nossa desumana contemporaneidade”, afirma o dramaturgo.

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semanaJá a análise técnica e preparação de elenco coube ao mestre Humberto Pedrancini. A esta construção, soma-se, na montagem atual, a colaboração, na direção, do professor e diretor de teatro João Antônio, que traz toda sua vivência de mais de 60 anos dedicada ao teatro brasileiro.

“Trilhas” é um convite à empatia. Cláudia leva para o palco sua compreensão sobre a vida, defendendo que, independentemente do tamanho da conta bancária, da origem ou do status educacional e profissional, todos compartilham dores, sonhos e desafios comuns. Entre esses desafios, estão, de forma evidente, as lutas e limitações enfrentadas pelas mulheres em uma sociedade ainda marcada pelo patriarcado. “Mais do que uma obra a ser analisada, Trilhas é uma experiência a ser vivida: um espetáculo que quer tocar o público, chegar ao coração, proporcionando um momento de lazer e emoção”, explica Cláudia.

Acessibilidade e inclusão como missão

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semanaImportante reforçar o compromisso de “Trilhas” em levar cultura a quem normalmente não tem acesso. Para isso, o projeto investe em ações de acessibilidade, oferecendo sessões com intérpretes de Libras e audiodescrição para pessoas com deficiência visual, em dias específicos da programação, para garantir uma experiência completa para pessoas com deficiência auditiva e visual. Além disso, contempla ações sociais, como transporte e cortesias para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e grupos de pessoas com deficiência visual, permitindo a esses públicos vivenciar a experiência teatral de forma plen a e acolhedora.

Em Vitória, a montagem vai disponibilizar ingressos com gratuidade aos alunos do Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA).

O projeto prevê ações formativas que ampliam seu alcance artístico e educacional, como rodas de conversa com o público após as apresentações, criando espaços de troca e diálogo, além de um debate nacional virtual com o tema “O Desafio da Circulação Teatral Nacional no Brasil”, a ser realizado em março de 2026.

PROJETO “RESISTÊNCIA NOS TRILHOS – REMONTAGEM & CIRCULAÇÃO” APRESENTA: “TRILHAS, NOITE CHEIA DE LUA DE SOL”

Circulação nacional: espetáculo premiado em Brasília chega a Vitória nesta semanaTexto e direção: Cláudia Andrade

Data: 06 e 07 de novembro (quinta e sexta)

Onde: Casa da Música Sônia Cabral - R. São Gonçalo - Centro, Vitória (ES), 29.015-210

Horário: 20h

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), à venda pela plataforma digital Sympla:

https://www.sympla.com.br/evento/trilhas-noite-cheia-de-lua-de-sol-circulacao-nacional/3162529

Apoio: Projeto contemplado pelo Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (FAC-DF)

Duração do espetáculo: 70 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Acessibilidade Comunicacional: interpretação em Libras e audiodescrição na sessão de 06 de novembro

* Meia-entrada também válida mediante doação de alimento não-perecível ou material de higiene

ELENCO E DIREÇÃO:

Cláudia Andrade: dramaturga, diretora geral e atriz (Gimena)

Eloisa Cunha: atriz (Silvia)

Genice Barego: atriz (Gaivota)

Carlos Góes – ator (taxista)

Demetrius Christophidys - ator (Alonso – pai de Silvia)

Guilherme Angelim - ator (Hernane - marido de Silvia)

Wol Nunes – médica

Áurea Liz – narradora

João Antônio Esteves - direção colaborativa 

Aníbal Alexandre - videoarte e videomapping

Lemar Rezende - design de luz e coordenação técnica

Lipe Duque - captação de imagens para a videoarte

Mateus Ferrari - composição e produção musical

SOBRE CLÁUDIA ANDRADE:

Cláudia Andrade é uma artista plural, com mais de 40 anos de dedicação às artes cênicas, ao audiovisual e à produção cultural. Jornalista e comunicóloga formada pela Universidade de Brasília (UnB), construiu uma trajetória internacional que transita por diferentes territórios da criação: atriz, bailarina, performer, diretora, dramaturga, produtora executiva, gestora de projetos, repórter, apresentadora, locutora e mestre de cerimônias de grandes eventos. Poliglota, buscou oportunidades no exterior e usufruiu dessa experiência vivendo em países como Estados Unidos, França, Itália, Alemanha e Suíça, onde tev e a oportunidade de colaborar com companhias e diretores de reconhecimento mundial, aprofundando seu olhar artístico e sua capacidade de diálogo entre culturas.

Experiências intensas e diversas a levaram dos palcos e bastidores do teatro brasileiro aos estúdios de cinema internacionais, e vice-versa. Atuou em produções de grandes estúdios como Paramount, Gaumont,  Zoetrope (de Francis Ford Coppola) e de astros como Michael Jackson. Sua presença se estende ainda por produções da Cineccità, TV Globo e Conspiração Filmes, além de coberturas jornalísticas para veículos internacionais como ABC, CBS, PBS, Reuters e France 3.

Em sua formação como artista cênica, Cláudia investiu na diversidade de linguagens. Passou pela dança com Yara de Cunto, Rosália Pie, Luiz Mendonça, Russel Clark e Miranda Garrison, dentre outros. Adentrou na palhaçaria, teatro físico e performance com mestres e mestras do Brasil e de outros países, dentre eles John Mowat, Darina Robles, Carla Conká, Rubens Velloso e Violeta Luna.

Despertada pelo interesse de também poder construir suas narrativas, cursou oficinas de roteiro e dramaturgia com o diretor alemão Ansgar Ahles, o dramaturgo argentino Santiago Serrano, e o diretor e dramaturgo Maurício Arruda, mentor de “Trilhas”. Nos palcos e no cinema, seja como atriz, bailarina ou performer, esteve sob a direção de grandes nomes como Hugo Rodas, Fernando Villar, Irmãos Guimarães, Maura Baiochi, Marcelo Lujan, Susan Scalan, Greydon Clark, Tommy Lee Wallace, Lyndall Hobbs e, mais recentemente, com Péterson Paim, contracenando com Letícia Sabatela.

Cláudia também se destaca pela criação e gestão de projetos culturais de grande impacto, aprovados em editais e fomentos como o FAC-DF. Sua carreira é marcada pela conexão entre linguagens — teatro, dança, audiovisual e festivais — sempre com a arte no centro como ferramenta de transformação social.
 

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