Chapa de Haddad tem disputa com PSOL após Márcio França decidir disputar Senado

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Chapa de Haddad tem disputa com PSOL após Márcio França decidir disputar Senado

França já informou ao comando do PSB e a candidatos do partido que concorrerá ao Senado, desistindo da disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
Política - Haddad

Rechaçado para a vice, o PSOL ameaça lançar candidato ao Senado, em disputa contra o ex-governador Márcio França (PSB), caso não ocupe espaço majoritário na chapa que é encabeçada por Fernando Haddad (PT) para o Governo de São Paulo.

França já informou ao comando do PSB e a candidatos do partido que concorrerá ao Senado, desistindo da disputa ao Palácio dos Bandeirantes.

O anúncio oficial está programado para acontecer ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (09/07/2022), durante ato em Diadema (Grande SP).

A opção pela cidade tem razão histórica: Diadema foi o primeiro município a ser governado pelo PT.

Nas conversas, França justificou sua decisão, alegando que Haddad está na frente nas pesquisas ao governo do estado. Ele lembrou que a liderança era um dos critérios defendidos por ele para a definição do cabeça de chapa.

França contou que impôs como condição ser o único candidato do Senado na coligação. A concordância com essa exigência contrariou o PSOL, que se diz excluído da negociação.

O partido sugeriu os nomes do presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e de Natália Szermeta, para a vice de Haddad. Mas a indicação tem sido descartada pelo comando da campanha do ex-prefeito.

O argumento é que a campanha de Haddad deveria se aproximar do centro, e o PSOL estaria à esquerda do PT.

Presidente estadual do PSOL, João Paulo Rillo lembra que o partido abriu mão da candidatura de Guilherme Boulos em apoio a Haddad. Além disso, ressalta que, em São Paulo, o partido é maior que o PSB.

Ele enfatiza ainda que o PSOL compõe uma federação com a Rede.

"Não tem sentido a federação não ter espaço majoritário. Se não tivermos, vamos criar nosso espaço. Vamos lançar candidato ao Senado", diz.

Ao descrever suas conversas sobre a candidatura ao Senado, França relatou ainda o papel da mulher de Lula, Rosângela da Silva, a Janja, para o desfecho durante almoço no domingo (03/07).

À mesa, Lula, França, Haddad e o ex-governador Geraldo Alckmin estavam acompanhados de suas mulheres. Segundo o relato, Lúcia França, mulher do ex-governador, fez críticas ao PT, afirmando que o partido não cumpre acordos políticos.

Janja interveio antes mesmo que Lula se manifestasse. Pedindo licença, ela disse que Lúcia poderia confiar, sim, que a partir dali França seria "nosso candidato ao Senado" e que iriam trabalhar juntos para elegê-lo.

Lula sugeriu que a aliança fosse anunciada ali mesmo. Mas França disse que pretendia conversar com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, antes do anúncio formal.

A conversa deve acontecer nesta quarta-feira (06/07). No almoço, os quatro tiraram uma foto que sela a aliança. Mas ela só deverá ser divulgada por França depois de falar com Kassab.
Hoje, a tendência é que o PSD se alie ao ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Governo de São Paulo.

França insiste em uma composição com o PSD, sob o argumento de que seria fundamental para uma vitória no estado.

O ex-governador defende a participação do PSD na chapa, sugerindo que Kassab seja seu suplente na disputa ao Senado. Outra alternativa seria oferecer ao PSD a cadeira de vice de Haddad.

Kassab afirma, no entanto, que o PSD discute duas opções na corrida estadual, além do lançamento de uma candidatura própria.

Segundo Kassab, uma alternativa seria o apoio da candidatura de França ao governo. Outra hipótese em debate é a aliança com Tarcísio.

Os próprios petistas reconhecem que, ainda que quisesse se aliar a Haddad, Kassab não teria adesão da bancada do PSD, correndo risco até de perder o controle partidário.

Nesta terça (05/07), Lula e Alckmin compareceram ao velório de dom Cláudio Hummes, 87, na Catedral da Sé, centro da capital paulista. Arcebispo emérito de São Paulo, ele morreu na tarde de segunda (04/07) em decorrência de um câncer.

Com ligações com o religioso desde os anos 1970, quando era líder sindical, Lula e Alckmin chegaram à igreja por volta das 19h30, quando a igreja tinha poucas pessoas, e passaram cerca de 15 minutos no local. O presidente Jair Bolsonaro (PL) não se posicionou sobre a morte até o início da noite, de acordo com a Arquidiocese de São Paulo.

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