Caseiro feito refém por bandidos na Serra, ES, é morto por engano por vizinho

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Caseiro feito refém por bandidos na Serra, ES, é morto por engano por vizinho

Caseiro feito refém por bandidos na Serra, ES, é morto por engano por vizinho
Polícia - Fatalidade

O caseiro Isaque Ferreira Gama, de 62 anos, morreu após levar um tiro de um amigo no sábado (18/03/2023), na Serra, na Grande Vitória. Segundo vizinhos, faltou luz na região onde ele morava e o amigo pode ter confundido Isaque com um bandido. Uma semana antes, criminosos invadiram a propriedade onde Isaque morava, fizeram o caseiro refém e levaram materiais que somam R$ 300 mil.

No último dia 10, o sítio onde Isaque trabalhava foi invadido por 10 criminosos. A propriedade fica na localidade conhecida como Tabuleiro, zona rural de Serra Sede. No dia do crime, os bandidos usaram dois carros.

Na reportagem sobre o caso, Isaque pediu para não ser identificado, mas contou que ficou cerca de cinco horas amarrado e ouvindo ameaças.

Desde o roubo no sítio, um amigo de Isaque, o pedreiro Antônio Marcos Ferreira, passou a fazer companhia para o caseiro.

Neste sábado, por volta das 23h, os amigos ficaram assustados com barulhos de carros. Logo depois a luz foi cortada de repente.

De acordo com Antônio, na escuridão, ele e Isaque passaram a ouvir conversas. Com medo, o caseiro sugeriu que eles saíssem dali.

Desesperado, os dois correram da casa até um sítio próximo e pularam a porteira para pedir abrigo na casa de um vizinho.

Segundo Antônio, Isaque chamou, apenas uma vez, pelo nome do vizinho, que era seu amigo. Neste momento, o vizinho abriu a janela e deu um único tiro no peito de Isaque.

“Ele [o vizinho] pensou que era algum vagabundo, alguém que queria matar ele”, falou Antônio.

De acordo com Antônio, o vizinho tentou socorrer Isaque, mas o caseiro não resistiu.

“Eu fico triste, porque perder uma pessoa gente boa, trabalhador…”, lamentou Antônio.

No domingo (19), o dono do sítio onde Isaque morreu esteve no local e disse que o funcionário dele estava assustado e atirou para se defender.

A Polícia Civil informou que o delegado entendeu que o caseiro agiu em legítima defesa, e foi liberado. A espingarda foi apreendida e as investigações continuam.

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