Após ouro, Gabrielzinho promete outras medalhas: 'Vai ter mais baile'
Primeiro medalhista de ouro do Brasil nas Paralimpíadas de Paris, Gabriel Araújo saiu da piscina já com a cabeça em outras duas provas. Conhecido por suas comemorações com dancinhas no pódio, o mineiro, que disputa na classe S2, prometeu que vai se empolgar nos passinhos nas próximas provas. Ele ainda participa dos 200m livre e 50m costas. Nestas duas competições, é o atual campeão dos Jogos Paralímpicos e tem um favoritismo:
- Ainda tem muito mais Gabrielzinho com medalha, vai ter mais baile em Paris. Eu gosto de dançar, não é só o sorriso que transmite minha felicidade. O negocio é bailar e nadar, essa é minha meta - disse o brasileiro.
Gabrielzinho nadará os 50m costas no sábado, dia 31 de agosto, e os 200m livre no dia 2 de setembro, na semana que vem. Líder do ranking mundial e atual campeão dos Jogos Paralímpicos nas duas provas, é favorito para as duas conquistas. Em Tóquio, os títulos vieram com o complexo aquático vazio, já que, em meio à pandemia, as arquibancadas estavam vazias. Em Paris, o brasileiro sentiu o calor da torcida:
- Gosto muito de torcida, de energia. Sei que do Brasil vieram boas energias, e aqui foi muito especial. Competir com torcida a favor é mais especial ainda. É uma torcida diferente, os amigos que vieram do Brasil para me ver, e os franceses também. Toda essa energia chegou em mim na água, foi uma prova sensacional - disse.
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física. Em Tóquio, o ouro nos 100m costas escapou. Foram três anos de espera:
- Essa medalha estava presa, não pude gritar é campeão na ultima Paralimpíada. Trabalhei de mais para ela, perdemos noites de sono para esse resultado vir. É o furto do trabalho, essa prova me emociona muito. Em Tóquio eu errei, me cobro muito, eu não gosto de trabalhar com erros. Hoje, mesmo que errasse, o ouro ia vir, eu nao ia deixar escapar - disse.
Na prova, Gabrielzinho fez o melhor tempo da carreira, com 1min53s67, com direito a quebra do recorde das Américas.Vladimir Danilenko, que é russo, e nas Paralimpíadas compete como neutro, ficou com a prata, com 2m01s34. O chileno Alberto Diaz levou o bronze com 2m01s97.
PORTAL SBN