Suspeito de matar rapaz de 19 anos e balear bebê em casa é preso em João Pessoa
Suspeito teria matado Ramon por rixas antigasUm homem de 25 anos foi preso na quarta-feira (28/9), suspeito de invadir uma casa e atirar contra um jovem de 19 anos e a filha dele, de um ano, no bairro do Alto do Mateus, em João Pessoa, na terça-feira (27). Ramon Vagner da Silva Nascimento foi atingido por pelo menos quatro tiros e foi socorrido para o hospital, mas não resistiu. A bebê segue internada no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas segundo o diretor da unidade hospitalar, está reagindo bem ao tratamento, estando em situação regular.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito do crime é Wesley Lohan Quirino do Nascimento, de 25 anos, que usava tornozeleira eletrônica durante a prisão. Ele foi detido no mesmo bairro onde ocorreu o crime, após tentar reagir à prisão.
“A vítima foi morta na frente de cinco crianças, onde a maior tem sete anos e a menor tem apenas dois meses. O executor do crime trajava um casaco branco e o suspeito que foi conduzido está com um casaco semelhante ao narrado [por testemunhas] como sendo usado pelo atirador no momento do crime”, disse a delegada Josenise de Andrade.
Conforme a delegada, a motivação do crime pode estar relacionada a rixas antigas envolvendo facções criminosas. “A vítima já havia feito parte da facção criminosa a qual o suspeito faz parte. Há algum tempo houve uma dissidência e ele [Ramon] foi para a facção rival. A família fala que há cerca de um ano ele estava afastado do mundo do crime, estava na igreja evangélica, mas ainda recebia recorrentes ameaças de morte. Inclusive a casa da vítima tem várias marcas de tiros que não foram feitos no dia de ontem. São anteriores, onde a vítima já havia sido alvo de uma tentativa de homicídio também praticada pelo suspeito”, explicou Josenise.
Wesley foi levado para a carceragem da Central de Polícia Civil, onde aguarda audiência de custódia a ser realizada nesta quinta-feira (29). Ele não confessou o crime e, segundo a delegada, disse que só ia responder em juízo.
A mãe de Ramon, Josefa Maria da Silva, estava em uma casa próxima do local onde aconteceu o crime, e chegou a ouvir os tiros que atingiram o filho dela.
“Eu estava em casa, botando meu filho de um ano para dormir, aí escutei o primeiro disparo. Então teve outro tiro, e teve mais outro e eu corri e não vi mais nada. Só vi minha nora saindo correndo com minha neta no colo, gritando, a menina ensanguentada. Eu entrei correndo à procura do meu filho e ele estava caído”, relatou. Tanto Ramon quanto a filha foram socorridos e levados para o Hospital de Trauma de João Pessoa, mas o jovem não resistiu e morreu na unidade hospitalar.