O pêndulo à Esquerda
DENSIDADE ELEITORAL
Quando Donald Trump, e a sua extremíssima Direita, foram derrotados pelo Democrata Joe Biden, o mundo sinalizava ali, que estava perdendo para a Esquerda.
O acirramento destes dois espectros político, mundo afora, vêm ao longo dos últimos anos, ganhando cada vez mais espaço na mídia mundial.
E porque após vencer fortemente em dois países importantes, feito EUA e Brasil respectivamente, em 2016 e 2018, a Direita recuou em espaço ?
Foram dois mandatos, com o mesmo período de tempo. 4 anos para Donald Trump, nos EUA. De 2017 a 2020. E 4 anos também para Jair Bolsonaro, no Brasil. De 2019 a 2022.
Com diferença de dois anos, de um mandato para o outro, ambos, após avaliações de suas respectivas populações, acabaram por serem reprovados nas urnas pelo povo.
Aliás, pesquisas eleitorais; estudos e mais estudos, sempre provaram que quando o chefe atual do executivo, atinge ou ultrapassa a casa de 40% de reprovação do seu mandato (soma de ruim e péssimo), torna-se praticamente impossível, que o mesmo consiga vencer a eleição. Quer dizer, neste caso...a reeleição.
E os números de Jair Bolsonaro, de 2021 pra cá, sempre oscilaram, inclusive acima deste patamar. Tanto que agora no último mês, o Datafolha, apontava...50% dizia que não votaria no presidente de forma alguma.
Respondendo a pergunta feita acima: A Direita nos parece ter recuado por uma questão de pauta.
A Esquerda, tem uma pauta mais voltada para as “pessoas”. Fala melhor esta linguagem. Combate a pobreza, maior respeito a natureza, não ao desmatamento, garimpo, índios, negros, ciência e por aí vai.
Veja um dos slogans da campanha de Lula...”O amor vai vencer o ódio”. Percebe ?
Olha que frase forte esta !
Do outro lado olha que antagônico... Defendo a arma para todo cidadão. Bolsonaro certa vez vociferou...”Quero todo mundo armado”.
São apenas duas frases, mas que fazem toda a diferença, do ponto de vista, político/ideológico.
E Donald Trump, claro, comunga da mesma ideia.
As recentes eleições legislativas, nos EUA, deram ainda mais o tom, do que estamos falando. Mesmo com uma inflação alta no país norte americano, Biden, se saiu vitorioso no pleito. Ninguém pode já cravar a vitória do atual presidente em 2024, mas os números já deram um forte indicativo do que está por vir, nas eleições por lá.
Como bem cantarolava o saudoso, Cazuza...”Ideologia, eu quero uma pra viver”.
POR ERASMO LIMA
