Durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio, é importante lembrar que esta é uma realidade preocupante que atinge milhares de pessoas todos os anos. No Brasil, cerca de 12 mil mortes são registradas anualmente, enquanto no mundo esse número ultrapassa 1 milhão, segundo dados do Ministério da Saúde. Pesquisas indicam que aproximadamente 96,8% dos casos estão ligados a transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.

Para a psicóloga e psicanalista Mariana Weigert de Azevedo, compreender o contexto emocional de quem sofre é fundamental na prevenção: “O suicídio não surge de repente. Geralmente é consequência de um sofrimento intenso, associado a transtornos que muitas vezes não são tratados ou reconhecidos. Identificar sinais de alerta, acolher quem demonstra angústia e buscar ajuda profissional pode ser determinante para salvar vidas”, afirma.

Mariana destaca que, além do acompanhamento psicológico, o apoio da família e da rede social é essencial: “conversar abertamente sobre sentimentos, sem julgamentos, abre espaço para que a pessoa possa expressar sua dor. A psicanálise, nesse sentido, oferece um lugar de escuta que ajuda a compreender e elaborar esse sofrimento, possibilitando novos caminhos para lidar com as crises emocionais.”

O Setembro Amarelo reforça a importância da informação, da escuta e do acolhimento. Como lembra a especialista: “a prevenção começa pela atenção ao outro, pela sensibilidade aos sinais e pelo cuidado com a saúde mental. Ninguém deve enfrentar o sofrimento sozinho.”

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