Exame comprova que filho de enfermeira grávida era de ex que a matou por duvidar da paternidade

Portal SBN
Quarta, 20 de outubro de 2021, 16:15:21

Exame comprova que filho de enfermeira grávida era de ex que a matou por duvidar da paternidade

Polícia - Violência

A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu o inquérito sobre o assassinato da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, morta quando estava grávida de oito meses. Segundo as investigações, o suspeito do crime, que é ex-namorado da mulher, duvidava da paternidade e, por isso, a teria matado a tiros. Exames médicos comprovaram que o filho era dele. O homem usou uma arma registrada no Exército como CAC (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) para matar a enfermeira.

 Exame comprova que filho de enfermeira grávida era de ex que a matou por duvidar da paternidadeCleilton Santana dos Santos foi indiciado por feminicídio, ocultação de cadáver e aborto, uma vez que o bebê, que estavam no ventre de Íris, também morreu.
 
O corpo da vítima foi encontrado no dia 11 de janeiro, em uma estrada rural do município de Alfredo Chaves, na Região Serrana, com disparos na região do tórax e coberto com cal. Moradores viram indícios de sangue na estrada próxima à região de Carolina, levando a equipe policial ao local onde o corpo de Íris Rocha foi encontrado, a uma distância de, aproximadamente, um metro da estrada. O suspeito foi preso uma semana depois.

Segundo as investigações da Delegacia de Polícia de Alfredo Chaves, no dia 10 de janeiro, o suspeito foi visto buscando a enfermeira Íris no local de trabalho dela, e, a partir desse momento, amigos e familiares perderam o contato com a vítima.
 
A perícia revelou que a vítima estava grávida, não tendo sido possível salvar o bebê. Íris Rocha foi baleada por quatro tiros, sendo um no braço esquerdo, dois na axila e um no rosto.

"Por meio do exame de microcomparação balística, foi confirmado que a arma (apreendida na casa do suspeito) foi utilizada no crime. Exames adicionais demonstraram que os estojos encontrados no local do crime foram percutidos pela mesma arma apreendida na casa do autor, que utilizou a própria arma de fogo registrada para cometer o crime", disse a delegada Maria da Glória Pessotti.

A motivação do crime, de acordo com a policia, possivelmente reside no fato de o suspeito ter dúvida sobre a paternidade do filho que Íris Rocha esperava. No entanto, os resultados do exame de DNA comprovaram que ele era o pai da criança.

"O desfecho desse caso serve como um lembrete da importância da conscientização sobre a gravidade do feminicídio e da necessidade de combater ativamente a violência contra as mulheres", destacou a delegada.
 
Relembre o caso
 
 Exame comprova que filho de enfermeira grávida era de ex que a matou por duvidar da paternidadeA enfermeira grávida de oito meses foi morta a tiros em Alfredo Chaves, na Região Serrana do Espírito Santo, na quinta-feira (11). A polícia encontrou o corpo de Íris Rocha, de 30 anos, às margens de uma estrada rural do município e apenas nesta segunda-feira (15) o corpo dela foi reconhecido pela família.

Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado coberto com cal na estrada que liga Matilde à comunidade de São Bento de Urânia, na mesma cidade.
 
A perícia da Polícia Civil informou, na época, que a mulher foi atingida por pelo menos dois disparos na região do tórax. No local do crime também foram encontrados 5 cápsulas de bala.

O corpo da enfermeira foi levado para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do estado, onde passou por exames e foi liberado para a família.
 

Últimas da Bahia

Veja Mais +