A próxima edição do Campeonato Brasileiro tende a registrar uma marca inédita no uso de gramados sintéticos. Com as vagas asseguradas de Athletico-PR e Chapecoense, a Série A de 2026 já conta com quatro clubes que mandarão seus jogos em estádios com piso artificial, juntando-se a Palmeiras e Botafogo, responsáveis pelas arenas do Allianz Parque e do Nilton Santos.

A estimativa pode aumentar. Atlético-MG e Vasco seguem com poucas chances de rebaixamento e, caso permaneçam na elite, ampliam para seis o número de mandantes com grama sintética. No caso vascaíno, a mudança está ligada à reforma prevista para São Januário em 2026. Durante as obras, o clube tem acordo para utilizar o Nilton Santos, embora a data de início da transferência ainda não esteja definida.

As projeções mostram o impacto desse movimento. Se Atlético-MG e Vasco continuarem na primeira divisão e o time carioca atuar integralmente no Nilton Santos, o Brasileirão poderá somar 114 partidas em gramado sintético, o que corresponde a cerca de 30% da competição. Mesmo em um cenário conservador, com apenas dez jogos do Vasco no estádio do Botafogo, o número ainda alcançaria 105 partidas, equivalente a 27,6% do calendário.

A quantidade final de confrontos pode sofrer pequenas alterações por eventuais vendas de mando de campo, mas sem comprometer a tendência geral.

O avanço do piso artificial na elite começou há menos de uma década. O Athletico-PR inaugurou a tecnologia em fevereiro de 2016, na Arena da Baixada, em partida contra o Criciúma pela extinta Primeira Liga. A instalação fez parte do projeto que permitiu ao clube adotar o teto retrátil no estádio.

Quatro anos depois, em 2020, o Palmeiras se tornou o segundo time da Série A a aderir ao modelo, em parceria firmada com a WTorre, responsável pela operação do Allianz Parque.

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